Teoria da Repulsão dos Pares de Electrões
na Camada de Valência (TRPECV)
Imaginem que prendem balões num ponto comum. Eles dispõem-se de forma a minimizar os contactos com os vizinhos:
Se considerarmos que os electrões têm carga negativa e que cargas do mesmo sinal se repelem podemos concluir que, tal como no exemplo dos balões, o arranjo espacial de menor energia dos electrões de valência em torno de um átomo, corresponde àquele em que as repulsões interelectrónicas são minimizadas.
- Dois pares de electrões na camada de valência dispõem-se num arranjo linear
- Três pares de electrões na camada de valência dispõem-se num arranjo triangular plano
- Quatro pares de electrões na camada de valência dispõem-se num arranjo tetraédrico
- Cinco pares de electrões na camada de valência dispõem-se num arranjo bipiramidal trigonal
- Seis pares de electrões na camada de valência dispõem-se num arranjo octaédrico
Mas temos de considerar nas zonas com electrões:
- pares de electrões partilhados (uma ligação múltipla conta como uma zona com electrões)
- pares de electrões não partilhados
Efeito de pares de electrões não partilhados e de ligações múltiplas nos ângulos de ligação
Ligeiras distorções das geometrias ideais são facilmente explicadas pelo facto de os pares de electrões não partilhados corresponderem a zonas de densidade electrónica mais "gordas": na analogia dos balões, os balões correspondentes às ligações estão esticados entre os dois átomos.
Por exemplo, os pares de electrões do metano, amónia e água apresentam geometrias tetraédricas mas os ângulos de ligação na água e na amónia são ligeiramente inferiores a 109,5º:
Os ângulos de ligação diminuem à medida que o números de pares de electrões não partilhados aumenta
De igual forma, as ligações múltiplas distorcem a geometria "empurrando" os pares de electrões que estabelecem as ligações sigma:
2002 Palmira Silva